A hipertensão é um importante fator de risco para doença cardíaca, acidente vascular cerebral e doença renal e é o diagnóstico número 1 para visitas ao consultório para médicos da atenção primária.
O tratamento da hipertensão e sua consequente melhora da pressão arterial têm sido importantes contribuintes para o declínio específico por idade em doenças cardíacas e derrames. Mas apesar desse progresso, ainda existe um vazio persistente entre as metas de controle da hipertensão da população e os níveis de controle observados atualmente.
Os resultados do NHANES (National Health and Nutrition Examination Survey) realizado entre 1999 e 2018 indicam que a prevalência do controle da PA, usando o limiar de 140/90 mm Hg, aumentou de 32% para um máximo de 54% em 2014, mas parece ter diminuído desde então, com apenas 44% dos adultos norte-americanos com hipertensão controlada em 2018, bem abaixo da meta do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA de 61% até 2020.
De fato, muitos fatores podem ser contribuintes para essa lacuna entre as metas de saúde pública estabelecidas e as taxas de controle da pressão arterial alcançadas. Entre eles está o grau de adesão dos pacientes ao tratamento prescrito.
A Organização Mundial da Saúde define adesão como a medida em que o comportamento de uma pessoa – tomar medicamentos, seguir uma dieta ou realizar mudanças no estilo de vida – corresponde às recomendações acordadas com um profissional de saúde.
Embora todos esses comportamentos de saúde sejam importantes, a adesão à medicação desempenha um papel específico e crítico no controle da hipertensão. E esse é o foco desta afirmação científica que foi realizada pela American Heart Association. Que tem como objetivo resumir o estado atual de conhecimento sobre a contribuição da não adesão à medicação para a prevalência nacional de controle inadequado da pressão arterial.
Fonte: AHA Journals