Britt Spivey sabia que algo não ia bem, após sua esposa realizar uma consulta de pré natal de rotina.
Autumn chorou muito ao contar ao marido que sua filha nasceria com um problema no coração. Após realizar um diagnóstico completo no Hospital Infantil do Texas, nos Estados Unidos, foi informado que o bebê nasceria com uma artéria aorta muito pequena e apenas uma cavidade de bombeamento no coração. Com isso, a bebê Halle precisaria de três cirurgias ao longo de quatro anos, e elas começariam logo após o nascimento.
“Eu só queria saber: ‘Meu bebê vai ficar bem?´”, disse Britt, pai de Halle, em entrevista ao The Brunswick News.
Quando Halle chegou, ela parecia uma recém-nascida saudável. O casal conseguiu tirar algumas fotos antes que a equipe médica a levasse para a UTI. Aos 3 dias de idade, Halle fez sua primeira cirurgia de coração.
Os médicos reconstruíram cuidadosamente a maneira como o sangue sai do coração de Halle e chega ao seu corpo. Eles também colocaram um shunt, ou tubo pequeno, que envia parte do sangue para o corpo e o leva de volta aos pulmões.
As coisas progrediram bem por seis semanas, até que as complicações levaram a uma cirurgia de emergência e um marcapasso temporário. A segunda cirurgia planejada aconteceu quando ela tinha cerca de 4 meses e pesava 5 quilos. Eles também deram a ela um novo marcapasso.
Halle tinha apenas 3 dias quando fez sua primeira cirurgia cardíaca.
Durante todo esse período Halle esteve no hospital. Com cerca de 5 meses, foi transferida para um andar diferente para começar a se preparar para ir para casa.
"Era como ter um bebê novinho em folha", disse Autumn.
Tudo parecia bom até 4 dias antes da tão esperada alta. Halle não conseguia dormir e vomitava sem parar. Um ecocardiograma mostrou que o coração de Halle estava falhando.
Autumn ligou para Britt, que estava em casa, chamando-o para o hospital e explicando que Halle estava indo para tratamento intensivo.
Britt correu para o hospital assim que Autumn olhando pela janela ligou para ele e disse que o médico estava fazendo compressões torácicas. Em seguida, o médico pediu a Autumn que entrasse na sala de reanimação e explicou que eles fariam compressões por um pouco mais tempo.
"A próxima coisa que ouvi foi 'última verificação de pulso'", disse Autumn.
Foram 27 minutos.
"Estava no telefone, inclinando-me sobre a cama, dizendo adeus, quanto à amo e como estou orgulhosa dela. Estendi a mão e agarrei a mão dela, beijei-a’’ disse Autumn em entrevista. Em seguida ouvi ”Sinto pulso”
"Foi a alegria e o choque mais impressionante se transformando em um só", disse Britt.
"Parece que estou falando de um filme", disse Autumn, "porque nos filmes as pessoas beijam a mão e acordam. Isso não é uma coisa da vida real, mas foi exatamente o que aconteceu!"
No entanto, Halle não estava fora de perigo. Na manhã seguinte, os médicos mostraram um novo problema: sua perna direita estava começando a ficar escura. Foi uma complicação do remédio vazando do acesso. Isso fez com que seus vasos sanguíneos se contraíssem e sua perna não tivesse fluxo de sangue nos 27 minutos em que ficou sem batimento cardíaco. Dias depois, sua perna foi amputada na altura do joelho.
Agora com 3 anos, Halle precisará de outra cirurgia quando completar 4 anos para ajudar a aumentar o nível de saturação de oxigênio no sangue, que é de 75% a 85%, em vez do nível normal de quase 100%. Ela tem que tomar aspirina infantil e um remédio para pressão arterial. Tirando isso, "Ela é completamente normal", disse Britt. "Ela é engraçada. Tem energia. É corajosa. Ela tem espírito."
Autumn disse que a amputação de Halle não a intimida, e tudo que passaram torna-se um ponto de partida para conversas de conscientização sobre defeitos cardíacos congênitos. "Você não pensa em crianças com doenças cardíacas, pensa em adultos."
O casal espera que Halle tenha uma vida longa e feliz, principalmente quando ouvem histórias de outros sobreviventes, como uma mulher que comemorou recentemente seu 58º aniversário. "Em 20 anos, o que mais eles farão?" Disse Britt. "Halle nem sempre consegue fazer as coisas que outras pessoas fazem, mas vamos fazer o melhor possível, como fazemos com tudo mais."
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