Quando Alicia Bravo soube que um Serviço de Emergência de sua cidade natal estava promovendo uma corrida de 5 km para angariar fundos para um sistema de compressões torácicas, ela se inscreveu imediatamente.
Como enfermeira de emergência, Bravo sabia da importância de RCP de alta qualidade. Sabia também dos desafios dos serviços de emergências prestados em áreas rurais.
Bravo já tinha participado da corrida de Cambridge em 2016 e foi campeã em sua categoria de idade. Mais interessante ainda foi o fato do serviço de emergência local conseguir arrecadar dinheiro suficiente para comprar a máquina de compressões torácicas.
Na manhã de 1 de julho de 2017, Bravo estava visitando seus pais em Wisconsin, sua cidade natal. Alguns parentes saíram para correr ao redor de um lago próximo. Bravo acabou se atrasando, então preferiu cruzar o lago a nado e correr na volta com os familiares. Os dois exercícios combinados seriam benéficos, afinal ela estava treinando para uma prova de triátlon.
Bravo estava nadando ao lado de um barco no qual seu pai, irmã, filho, cunhado e sobrinhas estavam. A ideia era que o barco servisse de barreira para isolá-la do tráfico de outras embarcações que pudessem estar no lago. Alguns minutos na água foram necessários para que Bill Decker, seu pai, ouvisse Bravo pedindo por ajuda. Ele jogou um dispositivo de flutuação para que ela pudesse se apoiar. Quando ela não se moveu em direção a ele, ele gritou para que sua outras filha, Andrea Olson, pulasse na água.
Olson rapidamente resgatou a irmã inconsciente e a colocou no barco com a ajuda do pai. Tendo participado por 35 anos de um serviço de patrulha, Decker tinha treinamento em RCP. Logo, ele sabia exatamente o que fazer: checar se a filha respirava. Ao constatar que não, gritou para que alguém acionasse um serviço de emergência e imediatamente iniciou a RCP. Enquanto isso, Olson, levou o barco até a costa.
"Meu treinamento havia iniciado," Decker disse. "Tudo que eu sabia era que precisava tentar mantê-la viva enquanto esperávamos pelo nível mais avançado de cuidado.”
Já em terra, o marido de Bravo e vizinhos que ouviram o pedido de socorro, se revezaram para realizar RCP enquanto os profissionais da saúde não chegavam.
O serviço de emergência chegou 10 minutos após e para usar o desfibrilador externo automático precisaria de retirar Bravo do local molhado onde estava. O problema é que para isso, seria necessário subir algumas escadas e uma rampa estreita, onde não poderia ser realizada a RCP. Por sorte, o serviço de emergência dispunha do sistema de compressões torácicas que Bravo havia ajudado a desenvolver.
Com o dispositivo acoplado a ela, fazendo seu sangue circular enquanto ela era transportada para área seca, foi possível usar o desfibrilador externo automática, chocando-a e fazendo seu coração voltar a bater. Ela foi em seguida transferida para um centro médico em Madison, Wisconsin.
Ela fez uma série de exames a fim de detectar a causa que havia feito seu coração parar de bater, sendo implantado um cardioversor e desfibrilador interno, capaz de chocar seu coração toda vez que uma arritmia potencialmente fatal tivesse início. Agora com 40 anos, Bravo, que mora em Minneapolis compartilha essa história com outros para inpirá-los a aprender RCP.
Mais de 350,000 PCR acontecem fora do ambiente hospitalar todos os anos nos Estados Unidos. RCP de alta qualidade pode duplicar ou triplicar a chance de sobrevivência após uma PCR, especialmente se iniciada precocemente.
Em 2017, Bravo angariou $12,000 em um evento para o sistema de emergência rural que ajudou a salvar sua vida. Ela desde então organiza eventos para ajudar escolas e complexos esportivos a comprar um DEA. Durante os últimos três anos ela tem compartilhado sua história em eventos locais e na mídia para chamar atenção sobre a RCP e o acesso ao DEA.
"Eu quero que as pessoas seja corajosas o suficiente para ver uma pessoa precisando de ajuda e se disponibilizarem a ajudar” Bravo disse. "Garanta que sua família e amigos saibam fazer RCP. Nós temos um grande potencial de salvar a vida de mais pessoas e ter mais sobreviventes de eventos como esse”.
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