A asma é um problema de saúde que afeta 16% da população mundial.
A asma brônquica caracteriza-se pela obstrução ao fluxo do ar nas vias aéreas, com consequente hiperinsuflação dinâmica. Quando não há resposta adequada à abordagem medicamentosa inicial torna-se necessária a assistência ventilatória mecânica.
São os objetivos do suporte ventilatório na crise asmática aguda:
• Diminuir o trabalho respiratório imposto pelo aumento de resistência das vias aéreas e pelos níveis crescentes de hiperinsuflação durante a crise grave;
• Evitar barotrauma, mesmo que para isso seja necessária a utilização da hipoventilação controlada ou hipercapnia permissiva. Essa estratégia tem reduzido a mortalidade associada à ventilação mecânica na crise de asma aguda, em séries de casos ventilados com hipercapnia permissiva, comparados à ventilação convencional;
• Manter a estabilidade do paciente, enquanto o tratamento medicamentoso, com broncodilatadores e corticosteróides, reduz a resistência das vias aéreas, revertendo a crise de asma e permitindo que o paciente reassuma a respiração espontânea.
O suporte ventilatório na crise asmática pode ser invasivo (intubação traqueal) ou não invasivo. O suporte ventilatório não invasivo na crise asmática é detalhado no presente Consenso no capítulo referente à Ventilação Não Invasiva.
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Fonte: Cunha S. Ventilação mecânica na doença pulmonar obstrutiva crônica e na asma. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 2013;12(2):88-93